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As relações públicas também ganham eleições


Publicado Fev 28, 2023
MaisM Jornal Eco
Já aqui falei de como os profissionais de relações públicas têm dificuldade de explicar o que fazem a familiares a amigos. Esta irrelevante caricatura serve para abordar o facto de a nossa profissão manter uma falta de reconhecimento público que ora me encanta, ora me irrita. Encanta porque sou dos puristas que acredita que o nosso trabalho é sobretudo de bastidores, de estratégia, e que a visibilidade dos clientes é a melhor prova da nossa competência e importância. Mas também irrita porque o mundo mudou e esta falta de visibilidade prejudica o reconhecimento de um setor essencial para a comunicação contemporânea e, por vezes, legitima uma aura de obscurantismo em matérias como o já cansado tema do lóbi.

Vem esta reflexão a propósito do momento em que nos encontramos para Eleição da Assembleia da República, que vai determinar o próximo Governo e primeiro-ministro de Portugal. O momento mais mediático do ano tem nos seus bastidores estrategas de comunicação e assessores de imprensa que, à sombra dos seus candidatos, combatem na arena mediática por espaço, audiências, temas e soundbites. E numa altura em que a política se tornou conteúdo de entretenimento, com o crescimento de temas laterais aos programas políticos e espaços de comentários aos debates e às performances dos candidatos, vale a pena lembrar (e eu diria conhecer) os estrategas de “PR” dos principais partidos da nossa democracia. Digo isto como cidadão, uma vez que a agência que lidero não tem clientes na área política, o que me confere total liberdade para falar sobre o tema.

Mas se falo enquanto cidadão, como profissional da indústria também não me canso de pensar que todas as horas de comentários sobre quem venceu os debates é antecedido de horas de trabalho estratégico, seleção de temas, análise das fraquezas dos opositores e muito, mas muito, media training.

Nos Estados Unidos e alguns países europeus estes profissionais são verdadeiras estrelas, que inspiram obras de ficção e viajam vender palestras milionárias. Por cá, temos Luís Paixão Martins, que, dúvidas houvesse sobre o interesse público sobre o que fazemos, teve o seu livro “Como Perder uma eleição” a disputar os tops de vendas com romances, livros de culinária ou bem-estar. Paixão Martins, para os mais distraídos, esteve ligado às últimas três maiorias absolutas em Portugal (Costa, Sócrates e Cavaco Silva).

São estas as pessoas que potenciam os “animais políticos”, os seus recursos de oratória, que analisam o ambiente político, económico e social e convertem essa informação em estratégias de comunicação, adaptadas diariamente, de forma a conseguir ocupar mais espaço mediático e a simpatia dos eleitores. São eles quem preparam os candidatos para os debates, antecipando questões sensíveis, contra-ataques e comportamento verbal e não verbal.

Se as Relações Públicas são essenciais em todas as atividades, a política é das que melhor se entende o seu papel crítico, uma espécie de compêndio diário para quem trabalha, se interessa ou quer conhecer melhor o trabalho que fazemos, porque, além de se entender a importância da formatação da mensagem, do tom, do timing e até do canal escolhido, temos a “sorte” de ter vários analistas a “avaliarem” permanentemente a eficácia da mensagem e a performance dos candidatos.

Não sei quem vai ganhar no dia 10 de março, mas posso adiantar que um profissional de relações públicas estará entre os vencedores.







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